A COP da Biodiversidade é um evento global onde países se reúnem para discutir a preservação da biodiversidade, especialmente em regiões ricas como a Amazônia.
Para a bioeconomia amazônica, essa conferência é essencial, pois foca em estratégias de conservação e desenvolvimento sustentável, fundamentais para proteger os recursos naturais e ao mesmo tempo promover o crescimento econômico.
A COP proporciona um espaço para debater políticas, financiar iniciativas e alinhar interesses, sendo necessária para o desenvolvimento de práticas sustentáveis que valorizem a biodiversidade da Amazônia.
Continue a leitura e entenda a importância da COP16 da Biodiversidade para a Amazônia e como ela contribui com negócios da bioeconomia.
>> Leia também: Como grandes empresas podem se preparar para a COP30
O que é a COP da Biodiversidade?
A COP da Biodiversidade, ou Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, surgiu em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro
O evento foi criado para impulsionar a conservação da biodiversidade, promover o uso sustentável dos recursos biológicos e garantir a repartição justa dos benefícios derivados dos recursos genéticos.
Funcionando como uma cúpula global, a COP reúne governos, ONGs, e especialistas para definir metas e discutir políticas voltadas à proteção da biodiversidade.
Em suas reuniões, os participantes revisam o progresso de acordos anteriores, estabelecem novos direcionamentos e discutem estratégias para enfrentar os desafios emergentes da biodiversidade.
COP x COP da Biodiversidade: quais são as diferenças?
A COP (Conferência das Partes) é um termo geral usado para designar conferências das partes signatárias de tratados ambientais da ONU, como a COP do Clima, onde representantes de governos discutem ações e revisam medidas para problemas globais, como as mudanças climáticas.
Cada COP foca em temas específicos: a COP do Clima, por exemplo, trata de emissões de carbono e aquecimento global.
A COP da Biodiversidade busca a conservação dos ecossistemas, o uso sustentável dos recursos biológicos e a partilha justa de benefícios derivados de recursos genéticos. Ela aborda a proteção da diversidade biológica mundial e as inter-relações entre ecossistemas.
>> Leia também: Como startups da Amazônia impulsionam a bioeconomia do País
Qual a importância da COP16 da Biodiversidade para a Amazônia?
A COP16 da Biodiversidade será realizada na cidade de Cali, na Colômbia, entre 21 de outubro e 1º de novembro. A conferência marca um importante passo na defesa da Floresta Amazônica, abrangendo toda a região Pan-Amazônia.
O primeiro evento da série – que culminará na COP30 em Belém – destaca os impactos globais da perda de biodiversidade e mudanças climáticas, colocando a floresta em evidência.
A COP permite reunir compromissos globais com governos e empresas, e o Brasil, ao sediar a COP30, terá uma oportunidade única de liderar discussões sobre preservação e sustentabilidade.
Victor Augusto Moreira, pesquisador da Fundação CERTI e coordenador da Jornada Amazônia, enfatiza que a importância vai além do evento.
“O processo pós-COP é de muita importância, pois é onde o país-sede assume a presidência da COP e consegue mobilizar ações no próprio território ou junto a outros países para liderar iniciativas de preservação,” afirma.
Isso favorece compromissos duradouros e iniciativas locais e internacionais voltadas à conservação da biodiversidade, fortalecendo a bioeconomia e práticas sustentáveis na floresta.
Como a COP16 da Biodiversidade pode contribuir com negócios da bioeconomia?
A COP16 da Biodiversidade pode impulsionar os negócios de bioeconomia na Amazônia ao destacar a importância da conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
Como o evento tem como foco a biodiversidade e mudanças climáticas, ele incentiva governos, empresas e organizações a estabelecerem compromissos para proteger essas questões.
Com isso, abre-se portas para a valorização de produtos e serviços baseados em recursos da floresta.
Ao reunir líderes globais, a COP16 promove parcerias e investimentos, fomentando iniciativas locais e fornecendo um espaço para discutir políticas e incentivos que possam estimular a bioeconomia.
Com o Brasil sediando a COP30, o país terá uma plataforma única para liderar as discussões e consolidar o papel da Amazônia como um polo global para negócios sustentáveis.
Isso favorece o crescimento econômico com práticas responsáveis e o fortalecimento da cadeia de valor dos recursos amazônicos.
>> Gostou deste conteúdo? Baixe o nosso ebook e entenda o conceito de floresta em pé e sua relação com a bioeconomia.