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Elaborar um relatório de sustentabilidade é um passo essencial para as empresas que buscam transparência e responsabilidade social. Esse documento oferece uma visão ampla das práticas sustentáveis, destacando os esforços e resultados obtidos em relação à sustentabilidade. 

Ao preparar um relatório de sustentabilidade, as empresas podem comunicar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, engajar stakeholders e identificar áreas de melhoria contínua.

Neste artigo, entenda o conceito de relatório de sustentabilidade, porque ele é importante para os negócios e as principais etapas para  estruturá-lo de forma assertiva. Confira!

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O que é um relatório de sustentabilidade? 

Um relatório de sustentabilidade é um documento que detalha o desempenho ambiental, social e de governança (ESG) de uma empresa, destacando seu compromisso com a transparência e a responsabilidade.

A importância da transparência em questões ESG está em proporcionar confiança aos stakeholders e demonstrar a integridade das práticas corporativas.

A obrigatoriedade de elaborar um relatório de sustentabilidade varia conforme o segmento da organização e sua localização, sendo exigido em setores como financeiro, energético e de mineração em alguns países.

Iniciativas como o GRI (Global Reporting Initiative) e o CDP (Carbon Disclosure Project) auxiliam na estruturação desses relatórios.

O GRI é um framework que oferece diretrizes e indicadores para a elaboração do relatório, enquanto o CDP é um questionário que coleta dados sobre questões ambientais.

Relatórios de sustentabilidade podem incorporar métricas do GRI ou comunicar o preenchimento do CDP, oferecendo uma visão geral e personalizada das práticas ESG da empresa.

Por que o relatório de sustentabilidade pode ser importante para startups? 

Um relatório de sustentabilidade robusto pode facilitar a atração de investidores, aumentar o engajamento dos stakeholders, mitigar riscos e contribuir para a reputação da marca.

No contexto de startups, é essencial que o relatório de sustentabilidade seja elaborado com um objetivo claro, funcionando como um instrumento mobilizador para alcançar metas específicas.

Com uma abordagem estratégica, o relatório não apenas comunica compromissos e conquistas, mas também orienta o negócio em direção a seus objetivos, demonstrando seu impacto positivo e potencial de crescimento.

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Como construir seu relatório de sustentabilidade? 

A legislação brasileira agora segue as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB) para relatórios de sustentabilidade, adotadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As empresas devem divulgar informações sobre governança, gestão de riscos, estratégias e metas/métricas relacionadas à sustentabilidade e ao clima. A adoção dessas normas começa voluntariamente em 2024 e será obrigatória a partir de 2027.

Existem dois conjuntos de normas onde a primeira trata de informações gerais de sustentabilidade e a segunda foca nos dados relacionados ao clima.

As organizações devem detalhar quatro aspectos em ambos os casos: governança, que abrange a responsabilidade sobre questões socioambientais; gestão de riscos, com os processos de identificação e avaliação; estratégia, que inclui oportunidades relacionadas aos fatores socioambientais envolvidos na operação; e metas e métricas, que se referem aos números específicos.

De maneira geral, aspectos Materiais do negócio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) frequentemente estão presentes em relatórios de sustentabilidade, incluindo governança corporativa, impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Esses temas são primordiais para demonstrar o compromisso da organização com o desenvolvimento sustentável e devem ser considerados na produção do documento.

A materialidade dos temas varia conforme a realidade de cada negócio, sendo essencial que o negócio identifique e priorize os assuntos mais relevantes para suas operações e stakeholders.

Para a produção assertiva do relatório de sustentabilidade, é preciso seguir algumas etapas. A seguir, listamos cada uma delas. 

Conheça os stakeholders

Entender quem são os stakeholders e conhecer suas prioridades e necessidades é fundamental. Esse entendimento garante que o documento aborde temas relevantes, alinhando-se às expectativas dos envolvidos.

Dessa forma, o negócio pode fortalecer suas relações estratégicas, demonstrando comprometimento com práticas sustentáveis que realmente importam para seus stakeholders.

Defina e acompanhe os indicadores ESG

É primordial definir indicadores alinhados com as atividades do negócio, as prioridades dos stakeholders, fatores de mercado e impactos operacionais. Isso assegura que os temas abordados sejam relevantes.

Além disso, monitorar periodicamente essas métricas permite avaliar o progresso, ajustar estratégias e comunicar de forma precisa o impacto das iniciativas sustentáveis da empresa. 

Procure seguir diretrizes já existentes

É recomendado usar padrões e diretrizes estabelecidos para criar um relatório de sustentabilidade robusto e alinhado com melhores práticas.

Frameworks como GRI (Global Reporting Initiative) e TCFD (Task Force on Climate-Related Financial Disclosures) fornecem estruturas reconhecidas globalmente, ajudando a garantir consistência, comparabilidade e relevância das informações apresentadas.

Esses padrões ajudam a facilitar a comunicação das informações para os stakeholders, permitindo que o negócio demonstre seu compromisso com a sustentabilidade de maneira clara e eficaz.

Elabore um documento didático

Além de incluir indicadores relevantes para o negócio, o relatório de sustentabilidade deve ser escrito de maneira compreensível para stakeholders e para o mercado. Os dados precisam ser apresentados de forma clara e acessível, garantindo que todos os públicos entendam.

A revisão do documento antes da publicação é importante para assegurar precisão e clareza, evitando ambiguidades e erros que possam comprometer a comunicação e a credibilidade do negócio.

Ouça os feedbacks 

Coletar feedbacks garante que o relatório de sustentabilidade atenda às expectativas dos stakeholders. Esse processo permite identificar áreas de melhoria e ajustar a comunicação para promover clareza e relevância das informações.

Incorporar sugestões também demonstra compromisso com a transparência e a melhoria contínua. Além disso, o feedback contribui para fortalecer a confiança e o engajamento dos públicos envolvidos.

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