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Poucos assuntos estão tão presentes na agenda pública quanto a preservação do meio ambiente. A grande questão é: como adaptar o modo de produção vigente às demandas ambientais?

O empreendedorismo de impacto surge como ponto central neste contexto, oferecendo soluções que ajudem, ao mesmo tempo, a preservar os biomas e gerar ainda mais riqueza do que o modelo atual.

A seguir, vamos conhecer mais sobre a história da Semana do Meio Ambiente e seu papel no estímulo a essas discussões. Também vamos ver startups que promovem a preservação e geração de valor da floresta amazônica. Acompanhe!

Semana do Meio Ambiente: criação e objetivo

A Semana do Meio Ambiente ocorre todos os anos na primeira semana do mês de junho. Ela foi instituída pelo Decreto nº 86.028, em 1981.

Essa época do ano foi escolhida para reforçar o Dia Mundial do Meio Ambiente, que acontece no dia 5 de junho. A data marca o início da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano – algo semelhante à atual COP que é celebrada anualmente desde 1995.

Aproveitando a data, o governo brasileiro criou a Semana do Meio Ambiente. O decreto tem apenas cinco artigos, entre os quais define-se o objetivo da celebração:

Desde então, a Semana do Meio Ambiente se tornou um marco fundamental de conscientização sobre iniciativas que reforcem práticas sustentáveis, o que vem ganhando força ano a ano, sobretudo no século XXI.

De ilhas que podem desaparecer devido ao aumento da gravidade dos eventos climáticos em todo o mundo, a Semana do Meio Ambiente é um momento-chave para tratarmos de assuntos como bioeconomia, tecnologias verdes e bioprospecção. E isso vale principalmente para o Brasil, que tem biomas tão importantes para o mundo e potencial para estar na vanguarda desses movimentos.

E os dados corroboram a necessidade dessa efeméride e de iniciativas de preservação: de acordo com o Imazon, o primeiro trimestre de 2023 registrou o pior índice de desmatamento na Amazônia desde 2008. Houve aumento de nove vezes na derrubada na área mais crítica do bioma.

Eventos como a Semana do Meio Ambiente ajudam a trazer à tona o debate de possíveis saídas para mudar o modelo produtivo em voga na região, valorizando medidas que ajudem a preservar a natureza e agregar valor à floresta em pé.

Leia mais: Tecnologia verde na Amazônia: como e por que adotar?

7 startups que desenvolvem soluções sustentáveis

Como comentamos, a Semana do Meio Ambiente é um momento para conscientização. Afinal, a mudança não deve partir apenas de governos ou só empresas; é preciso que todos se envolvam para garantir a preservação do meio ambiente.

E isso passa também pelo empreendedorismo de impacto. Pessoas com boas ideias e empresas com soluções inovadoras do ponto de vista socioambiental precisam ser valorizadas e ganhar espaço nas discussões sobre o futuro do planeta.

Quando falamos em empreendimentos sustentáveis, nos referimos àqueles capazes de unir a conservação dos biomas, a valorização dos conhecimentos das comunidades locais/povos originários e tecnologias de menor impacto.

Juntos, essas três atuações  contribuem com um uso mais inteligente e não predatório da floresta, valorizando ao máximo sua biodiversidade e os possíveis usos para cada matéria-prima. Por exemplo: do açaí, se faz de produtos comestíveis a cosméticos, passando pelo uso dos rejeitos para a produção de tijolos ecológicos.

Felizmente, cresce o movimento na região amazônica para incentivar o empreendedorismo de impacto e fomentar a estruturação de empresas que aliam modelos de negócio eficientes e sustentáveis. Principalmente por conta de iniciativas como os Programas Gênese e Sinapse da Bioeconomia.

Vamos conhecer algumas dessas iniciativas:

Solalis

A Solalis é uma empresa de Manaus que produz barcos elétricos movidos a energia solar, tanto para o transporte fluvial de pessoas quanto de mercadorias. 

O foco é o escoamento da produção de ingredientes amazônicos produzidos em regiões muito interioranas para os grandes centros de forma sustentável. Hoje, o transporte é feito por meio de embarcações movidas a diesel, que poluem as águas e o ar.

Seringô Encauchados

A Seringô Encauchados é uma cooperativa que une seringueiros e artesãos da região amazônica, com foco no estado do Pará. O foco é a reativação do ciclo da borracha na Amazônia a partir de práticas sustentáveis, produtos ecológicos e na inclusão socioeconômica das comunidades locais.

A matéria-prima utilizada é o encauchado, borracha produzida em seringais nativos misturando o látex com fibras vegetais da floresta. O material foi desenvolvido pela união de pesquisas acadêmicas e da tradição dos povos amazônicos.

Leia mais: Como a Seringô Encauchados usou tecnologia social para criar uma linha de produtos sustentáveis

Amazon Doors

A Amazon Doors faz a ligação entre empresas e famílias agroextrativistas para promover cadeiras sustentáveis e desenvolver projetos que beneficiem as comunidades locais e ajudem na preservação da floresta.

DCO Sustentável

A DCO Sustentável é uma empresa de Belém que desenvolve soluções de microgeração sustentável de energia. Isso é feito de forma adaptada à realidade da região, aproveitando as cheias periódicas dos rios.

Atualmente, a geração de energia é pensada para a produção de cacau por populações ribeirinhas no interior da Amazônia e que não possuem eletricidade à sua disposição de outra forma.

Amazonian Skin Food

A Amazônia Skin Food comercializa cosméticos fabricados a partir de insumos amazônicos nos Estados Unidos. Os ingredientes são produzidos por comunidades indígenas da floresta, sobretudo do estado do Acre.

A empresa tem parcerias com essas comunidades para obter insumos sustentáveis e sem aditivos químicos.

Manioca

A Mandioca é uma empresa de Belém que traz alimentos feitos a partir de produtos típicos da Amazônia para todo o Brasil. O diferencial da empresa é o envolvimento das comunidades locais nos processos produtivos e de forma sustentável.

TerraMares

A TerraMares é uma empresa da cidade de Rio Grande (RS) que produz microalgas de diferentes ecossistemas brasileiros (inclusive dos rios amazônicos) para serem utilizadas como insumo agrícola.

Com isso, os produtores podem substituir fertilizantes e outros ativos químicos por um adubo natural e local, reduzindo os danos e riscos para pessoas, plantas e animais.

O Sinapse da Bioeconomia é um programa para estimular empreendimentos inovadores que auxiliem na preservação da floresta. A iniciativa oferece capacitação, suporte e recursos para tirar suas ideias do papel. Conheça e inscreva-se!