A agricultura regenerativa vai além da produção de alimentos, focando na recuperação e preservação dos ecossistemas.
Na Amazônia, essa prática ganha destaque por seu potencial de promover o desenvolvimento sustentável, ao restaurar a saúde do solo, conservar a biodiversidade e reduzir os impactos ambientais.
Diferente dos métodos tradicionais, a agricultura regenerativa busca recuperar os recursos naturais, fortalecendo o equilíbrio entre produtividade e conservação ambiental.
Neste artigo, entenda o conceito de agricultura regenerativa, seus pilares, os principais benefícios e conheça startups de impacto que trabalham com essa prática. Confira!
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O que é agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa é um conceito que visa a produção de alimentos alinhada à restauração e o fortalecimento dos ecossistemas agrícolas. Suas práticas incluem o uso de técnicas como:
- Planejamento direto;
- Rotação de culturas;
- Controle biológico;
- Cultivo agroflorestal;
- Uso de compostagem.
Essas práticas ajudam a melhorar a retenção de carbono no solo, a redução da erosão e o aumento da fertilidade, promovendo a regeneração natural dos recursos.
Com um crescimento acelerado , o mercado global de agricultura regenerativa tem ganhado força, refletido pela sua taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 14,0% , o que implica um aumento de US$8,7 bilhões em 2022 para US$16,8 bilhões até 2027.
Isso demonstra o crescente reconhecimento do setor como uma alternativa eficaz para enfrentar os desafios ambientais e promover uma solução para o futuro do agronegócio.
Pilares da agricultura regenerativa
Os pilares da agricultura regenerativa incluem a promoção da saúde do solo, que assegura um ambiente fértil e sustentável e a diversidade biológica, com a rotação de culturas e integração de diferentes espécies, fortalecendo o ecossistema.
Também valoriza a cobertura vegetal, que protege o solo da erosão e conserva a umidade e o manejo sustentável da água que mantém seu uso racional e eficiente.
Já o pilar sequestro de carbono, por sua vez, contribui para diminuir as mudanças climáticas e a resiliência e a adaptação local equilibram a produção agrícola com a preservação ambiental.
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Benefícios da agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa traz benefícios tanto para o meio ambiente quanto para os produtores. Ela propõe práticas que visam restaurar e preservar a saúde dos solos e dos ecossistemas.
Vantagens para o meio ambiente
- Recuperação do solo;
- Sequestro de carbono;
- Redução da erosão;
- Preservação da biodiversidade.
Vantagens para os produtores
- Aumento da produtividade a longo prazo;
- Redução de custos com insumos;
- Maior resiliência a condições climáticas extremas;
- Acesso a mercados seguros.
Desafios e oportunidades na Amazônia
A implementação da agricultura regenerativa na região da Amazônia enfrenta desafios, como a falta de incentivos financeiros e a resistência a novas práticas entre os produtores locais.
Embora o Plano Safra 23/24 tenha criado algumas linhas de crédito para a adoção de práticas sustentáveis, ainda há uma lacuna na conscientização e capacitação sobre os benefícios a longo prazo da agricultura regenerativa.
Iniciativas em desenvolvimento, como projetos de certificação de produtos regenerativos e parcerias com ONGs e universidades, buscam superar esses obstáculos, oferecendo suporte técnico e financeiro.
No entanto, as oportunidades são vastas, apresentando um enorme potencial para práticas que promovem a restauração do solo, a conservação da biodiversidade e a redução das mudanças climáticas, criando um modelo de produção agrícola mais sustentável e resiliente.
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Exemplos de startups de impacto que trabalham com agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa tem atraído a atenção de startups de impacto que buscam soluções inovadoras para promover a sustentabilidade no setor agrícola.
Essas empresas combinam tecnologia, práticas ecológicas e modelos de negócios conscientes para restaurar ecossistemas e melhorar a produtividade. A seguir, conheça alguns exemplos de startups que estão transformando o futuro da agricultura regenerativa.
Genera Bioeconomia
A Genera Bioeconomia transforma áreas degradadas da Amazônia em florestas produtivas, criando uma plataforma de ativos florestais não madeireiros que reduz custos e amplia a escala dos negócios de bioeconomia.
A startup utiliza tecnologia de ponta, com dados automatizados sobre produção e estoque de carbono registrados via blockchain, além de georreferenciar cada árvore plantada e monitorá-la por satélite.
Com uma logística eficiente, que combina rotas hidroviárias e rodoviárias estratégicas, a Genera promove a restauração ambiental aliada ao desenvolvimento socioeconômico local.
A startup foi participante do programa Sinergia e Sinergia Investimentos, da Jornada Amazônia, que apoia iniciativas sustentáveis na região.
Amazon Biofert
Participante do programa Sinergia, a Amazon Biofert é uma startup que transforma caroços de açaí e outros resíduos da Amazônia em biochar, um biofertilizante sustentável que enriquece o solo e contribui para a compensação de emissões de carbono.
Além de melhorar a fertilidade do solo, o biochar ajuda na retenção de água e nutrientes, promovendo uma agricultura mais produtiva e ecológica.
Courageous Land
A Courageous Land é uma startup de agroflorestas que realiza reflorestamento e conservação em larga escala por meio de sistemas agroflorestais biodiversos e regenerativos.
Entre as espécies dos sistemas agroflorestais estão o café, cacau, açaí, banana, castanha-do-pará, cúrcuma, pimenta-do-reino, madeiras nobres, entre outros.
Além de gerar itens de alto valor agregado, seus projetos contribuem para a regeneração do solo, a captura de carbono e a preservação da biodiversidade amazônica.
A empresa também promove o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, integrando práticas sustentáveis com geração de renda. A Courageous Land participou do programa Sinergia da Jornada Amazônia, que apoia negócios inovadores na região.
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