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Entender quais são e as principais características dos diferentes ecossistemas regionais é essencial para que se possa não apenas preservá-los, mas para saber como explorá-los em toda sua potencialidade sem que isso signifique sua destruição.

O Brasil possui uma série de diferentes ecossistemas regionais. Por tamanho e importância na crise climática global, a Amazônia é o bioma de maior destaque. No entanto, da mesma forma que a floresta se tornou um ambiente fervilhante para a inovação e para empreendimentos de impacto socioambiental, esse aprendizado pode ser levado para os outros ecossistemas do País.

A seguir, vamos entender melhor sobre os ecossistemas regionais e a importância do fomento a novos modelos de negócio nesses espaços. Acompanhe!

O que são ecossistemas regionais?

O termo ecossistema se refere aos seres vivos de um determinado local e ao ambiente (físico e químico) que os cerca, considerando todas as interações que ocorrem entre eles.

Os ecossistemas podem ser entendidos a partir de dois tipos de fatores: os componentes bióticos (plantas, animais e microrganismos em diferentes níveis hierárquicos) e componentes abióticos (água, ar, solo, minerais, temperatura etc.).

Em um ecossistema, esses fatores interagem e geram transferências de matéria e energia. Essas interações são autorreguladas e podem ocorrer entre organismos vivos ou entre esses seres e os elementos abióticos do ambiente. Geralmente, elas tendem ao equilíbrio energético.

Uma vez que são determinados por essas interações, os ecossistemas possuem diferentes características e tamanhos, dependendo de onde se localizam. Podemos dividi-los em ecossistemas aquáticos (lagos, rios, mares etc.) e terrestres (florestas, savanas, desertos, entre outros).

Portanto, por ecossistemas regionais entendemos o conjunto de organismos e componentes abióticos de uma região específica e suas interações nesse espaço.

Cada um desses locais são ricos em insumos que os diferenciam uns dos outros e que dão a cada região um grande potencial para o desenvolvimento de negócios de impacto ambiental e social. Esses empreendimentos sustentáveis não só ajudam na conservação dos ecossistemas regionais, como agregam valor a eles e geram oportunidades para as comunidades locais.

Leia mais: Qual a importância de fomentar a bioeconomia na Amazônia

Quais são os ecossistemas regionais do Brasil?

O Brasil possui nove ecossistemas regionais mapeados. São eles:

  • Amazônia: maior floresta tropical e maior bacia hidrográfica do mundo. Ocupa aproximadamente 49% do território brasileiro (região Norte), além de cobrir parte de países vizinhos. Tem papel fundamental na regulação térmica do planeta e para o ciclo hidrológico do Brasil.
  • Mata dos Cocais: mata de transição entre a floresta amazônica e o ecossistema da Caatinga. Durante o período colonial, foi altamente explorada, sobretudo para a extração de insumos do babaçu e da carnaúba.
  • Caatinga: corresponde a cerca de 10% do território brasileiro, principalmente nos estados do Nordeste. Caracteriza-se pela escassez de chuvas, solo seco e a consequente adaptabilidade da flora a esse ambiente.
  • Cerrado: ecossistema do tipo savana, com vegetação baixa e esparsa, abrangendo cerca de 22% do País, sendo boa parte do Centro-Oeste. É um dos biomas brasileiros que mais sofrem com o desmatamento e também com a baixa pluviosidade.
  • Pantanal: menor ecossistema brasileiro, trata-se da maior planície inundada do mundo. Sofre com a atividade agropecuária e queimadas.
  • Mata Atlântica: restam menos de 5% da vegetação original desta floresta, que foi altamente devastada ao longo da colonização, principalmente no ciclo do Pau-brasil. É um dos ecossistemas mais diversos do mundo.
  • Mangue/restinga: são ecossistemas litorâneos alagadiços caracterizados por vegetação que cresce em um solo lodoso e que combina água doce e salgada.
  • Pampas: localizado na região Sul, é um bioma do tipo pradaria, marcado por campos abertos coberto de gramíneas e plantas de pequeno porte.
  • Mata de Araucárias: também no Sul, tem como principal característica a Araucária (ou Pinheiro do Paraná), árvore que dá origem ao pinhão.

Leia mais: O que é bioeconomia e quais são os benefícios?

Por que investir no ecossistema da Amazônia?

Como vimos, a Amazônia cumpre uma importante função para a regulação térmica do planeta. Em um contexto de mudanças climáticas e aumento da temperatura média em muitas regiões, conservá-la (e restaurá-la) é fundamental para o futuro.

O primeiro trimestre de 2023 registrou o segundo pior índice de desmatamento dos últimos 15 anos. Foi derrubado o equivalente a mil campos de futebol por dia. Porém, no balanço do semestre, após cinco consecutivos de alta, houve queda de 33% em áreas sob alerta de desmatamento.

O desmatamento  é um risco não apenas para a humanidade, mas também representa uma perda de biodiversidade sem precedentes e  perda financeira para o Brasil.

De acordo com o Banco Mundial, a floresta em pé poderia render até R$ 1,5 trilhão por ano. Para se ter uma ideia, isso é sete vezes mais do que a exploração sem controle do bioma pode gerar.

Mas como manter a floresta preservada e mudar a lógica produtiva atual?

Uma das  respostas está no fomento à inovação e a cadeias produtivas sustentáveis e que foquem na geração de valor a partir da diversidade. E não apenas a diversidade de produtos, mas também a diversificação dentro de uma mesma cadeia.

Como exemplo, temos o açaí, que atualmente é um produto com demanda global. No entanto, é preciso evitar que essa alta demanda leve à transformação dessa cadeia em uma monocultura, o que causaria danos à floresta.

Da mesma forma, é essencial buscar a diversificação dentro desta cadeia. O açaí vai além de apenas alimento. Ele também serve como insumo para a fabricação de cosméticos e seus rejeitos podem ser utilizados, por exemplo, para a produção de tijolos sustentáveis.

Trata-se, no final das contas, de desenvolver todo o potencial de uma cadeia e gerar oportunidades mais diversas a partir de um mesmo produto.

Como fomentar negócios de impacto no ecossistema da Amazônia?

Para que essa diversificação de produtos e cadeias seja possível, novas ideias precisam ser fomentadas. Iniciativas como a Jornada Amazônia oferecem programas de suporte para empreendedores cujos modelos de negócio sejam inovadores e ofereçam um impacto positivo para a floresta e suas comunidades.

A Jornada Amazônia já auxiliou diversos empreendimentos que hoje fazem a diferença no ecossistema, ajudando na preservação do meio ambiente e gerando oportunidade e renda para as pessoas que vivem ali.

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