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Os últimos anos, no Brasil, foram de grandes debates sobre a preservação da Amazônia. Discussões não apenas acerca da sua importância na regulação climática do planeta e como guardiã da maior biodiversidade do planeta, mas também do potencial de geração de oportunidades e renda a partir da floresta preservada e em pé.

Encontrar, promover e incentivar ideias e projetos que alavanquem essas oportunidades é um dos objetivos da bioeconomia. Este conceito trata da migração para processos produtivos e insumos sustentáveis, que ajudem a conservar os recursos naturais e, entre outras coisas, evitar o agravamento das mudanças climáticas.

Nesse sentido, falar de bioeconomia na Amazônia é essencial para que possamos vislumbrar um futuro em que seja possível desenvolver a região mantendo a floresta em pé. Trata-se, também, de frear atividades que desmatam para, por meio da inovação, aproveitar a biodiversidade da floresta para valorizá-la e diferenciá-la.

A seguir, vamos entender melhor sobre a importância da bioeconomia na Amazônia e como desenvolvê-la. Acompanhe!

Por que é importante investir em bioeconomia na Amazônia?

A floresta em pé não é uma questão apenas ética e de responsabilidade com o planeta e as gerações atuais e futuras. A bioeconomia na Amazônia é lucrativa; muito mais do que o modelo atual.

Uma matéria publicada pela BBC em 2019, traz uma estimativa de que a floresta em pé poderia render R$ 7 trilhões ao Brasil todos os anos. Já dados mais recentes da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) apontam que a bioeconomia na Amazônia pode gerar faturamento de mais de US$ 280 bilhões até 2050.

Dados como esses mostram o potencial de conservar e saber aproveitar o potencial da região amazônica de maneira sustentável e mais lógica. A floresta em pé pode gerar valor para desenvolver o Brasil e, mais especificamente, para as comunidades locais.

Entre todos os possíveis benefícios, três merecem atenção especial:

Geração de empregos

Manter a floresta em pé e promover novas iniciativas é fundamental para gerar novos postos de trabalho.

Para se ter uma ideia, de acordo com o estudo Como a bioeconomia pode combater a pobreza na Amazônia?, lançado em março de 2023 pelo Instituto Escolhas, somente a atividade de recuperação florestal no estado do Pará tem potencial para gerar um milhão de empregos diretos e indiretos.

Aumento de renda na região

Mais do que a redução da biodiversidade, o descaso com a Amazônia gera perdas econômicas: estima-se que o Brasil perca US$ 1,5 bilhão por ano com o desmatamento.

Isso sem falar da paralisação dos investimentos no Fundo Amazônia entre 2019 e 2022,, motivada pela destruição da floresta e que já nos tirou a chance de receber US$ 20 bilhões

A ideia da bioeconomia na Amazônia é promover o cultivo dos recursos naturais locais e descobrir novos usos para eles. O açaí talvez seja o exemplo mais proeminente: o produto tornou-se global como insumo alimentício e hoje gera mais de US$ 15 bilhões em vendas em todo o mundo. Hoje, o produto é cada vez mais utilizado também para outros fins, como insumo para cosméticos e no aproveitamento dos seus rejeitos.

Esse movimento gera renda para a região, não só por gerar empregos, mas impulsionar sua industrialização, aumentar a arrecadação de tributos e atrair investimentos de empresas e governos no local. Tudo isso, vale lembrar, em uma região em que vivem mais de 30 milhões de brasileiros e com alguns estados que registram índices preocupantes de pobreza do País.

Preservação da floresta

Em 2022, a Amazônia registrou o quinto recorde anual consecutivo de desmatamento, segundo dados do Imazon.

Como comentamos, a bioeconomia na Amazônia busca alterar a lógica vigente de um modelo latifundiário. Em vez da monocultura da soja, o cultivo de insumos locais. Em vez do pasto para o gado, a floresta em pé, valorizando e protegendo sua fauna e sua flora.

Como desenvolver negócios de bioeconomia na região?

A bioeconomia na Amazônia precisa ser fomentada por meio de políticas públicas que atraiam investimentos, promovam parcerias, regulamentem as atividades na região e, sobretudo, que criem estratégias federais e regionais coordenadas.

Isso também passa por programas de desenvolvimento de novos negócios, impulsionando soluções e produtos sustentáveis baseados nos recursos amazônicos.

Juntas, essas medidas são fundamentais para descobrir novos talentos, evitar o êxodos de “cérebros” para outras regiões e desenvolver um ecossistema de inovação e hubs de pesquisa e desenvolvimento nos estados na Amazônia.

É isso que vai permitir que possamos criar um entendimento de bioeconomia próprio de uma floresta tropical com as proporções e particularidades da Amazônia. Afinal, como lidar com as particularidades de um local único no mundo a partir apenas de experiências de outros países, com outros biomas e potencialidades?

A Jornada Amazônia é uma iniciativa que busca conservar a floresta por meio da ativação de um ecossistema de empreendedorismo e inovação na região. O objetivo é promover a competitividade econômica da floresta em pé, despertando novos talentos e incentivando o surgimento de novas soluções.

Conheça os pilares da Jornada Amazônia e saiba como fazer parte da mudança!