A aplicação da IA na Amazônia pode ser uma aliada na conservação da floresta. A inteligência artificial e a sustentabilidade estão caminhando juntas, oferecendo ferramentas que vão desde monitorar desmatamentos, otimizar a gestão de recursos naturais e até a apoiar práticas agrícolas sustentáveis.
As vantagens incluem a capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real, prever incêndios florestais e identificar atividades ilegais.
Esse tipo de tecnologia integrada à floresta auxilia na manutenção da saúde do ecossistema amazônico, através do combate ao desmatamento, degradação ambiental e perda de biodiversidade.
Neste artigo, entenda como a IA na Amazônia pode ajudar na preservação da floresta, os benefícios de aplicá-la e como a Plataforma Digital da Floresta alia desenvolvimento econômico e floresta em pé. Confira!
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Como a IA na Amazônia pode ajudar na preservação da floresta
A inteligência artificial (IA) pode ser uma grande aliada para manter a Amazônia em pé, resolvendo inúmeros problemas ambientais.
Ela permite, por exemplo, a análise de grandes volumes de dados e de imagens para prever e entender os impactos de secas e desmatamento, ajudando a compreender e mitigar os efeitos negativos desses fenômenos.
Segundo Daniel Penz, Líder de Negócios e Desenvolvedor no Instituto CERTI Amazônia, a IA pode simular ações necessárias para a preservação da floresta, realizando tarefas que, sem a tecnologia, exigem muito mais recursos e pessoas para analisar.
“A IA pode auxiliar em ações que a inteligência humana exigiria uma maior capacidade para calcular, analisar e prever. Utilizando ferramentas desenvolvidas para criar cenários diferentes, sejam eles bons ou ruins, a IA ajuda a avaliar esses cenários de forma eficiente”, explica Daniel.
Mas é importante ressaltar que a inteligência humana é essencial para definir claramente o problema e selecionar informações precisas para alimentar a inteligência artificial (IA).
A qualidade dos dados e a compreensão do contexto são fundamentais para que a IA possa gerar soluções eficazes. Ou seja, sem a direção e o conhecimento humano, a IA não pode funcionar de maneira otimizada e eficiente.
De acordo com Victor Augusto Moreira, pesquisador da Fundação CERTI e coordenador adjunto da Jornada Amazônia, a confiabilidade das informações que são oferecidas para a IA é um cuidado necessário para chegar a um resultado correto.
“A IA pode prever cenários, mas sua eficácia depende da qualidade das informações fornecidas, pois ela processa dados com base no que é colocado no sistema. Por isso é necessário que essas informações sejam precisas e confiáveis, provenientes de pesquisas aplicadas e atualizadas regularmente”, afirma Victor.
Os benefícios da aplicação de IA na Amazônia
A aplicação de IA em projetos na Amazônia traz inúmeros benefícios, como a capacidade de analisar grandes volumes de dados de forma rápida, identificar padrões ambientais, e prever impactos de eventos como desmatamentos e secas.
Além disso, a IA agiliza o tempo de análise, permitindo ações mais ágeis e apuradas para a conservação da floresta. Essa tecnologia também facilita a integração de informações de diversas fontes, aumentando a assertividade das decisões e a eficácia das estratégias de preservação.
Daniel Penz cita o exemplo da utilização de inteligência artificial no porto de Manaus e como ela é primordial para otimizar a logística e a eficiência operacional. A IA permite analisar dados de diversos portos e rios, observando seus níveis, variações e históricos de pelo menos 20 anos.
Essas informações ajudam a prever comportamentos e ajustar operações, como tipos de carga e volumes transportados.
“Para ter os dados do porto de Manaus, consideramos informações de todos os portos e rios, analisando níveis de água, atracações, tipos de carga e cenários futuros, permitindo uma gestão mais assertiva e previsível”, conta Daniel.
Além disso, o desenvolvimento do Digital Twin da Floresta, solução da CERTI que cria uma réplica digital da floresta amazônica, oferece uma ferramenta avançada para simular cenários e prever impactos na logística e na bioeconomia.
Essa tecnologia, que replica as condições ambientais da Amazônia, possibilita o ajuste das operações de forma mais precisa, levando em conta as variações climáticas e suas influências sobre a navegação e o transporte de cargas. O uso de IA para simulação e análise preditiva de cenários já está disponível no BI da Floresta, solução desenvolvida pela CERTI.
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Como a Plataforma Digital da Floresta alia desenvolvimento econômico e floresta em pé
A Plataforma Digital da Floresta é uma iniciativa focada na qualificação da cadeia produtiva da Amazônia, destacando-se por suas três principais frentes de atuação: o BI da Floresta, o Bioconex e o Vem de Onde.
Essas três frentes trabalham em conjunto para promover o desenvolvimento sustentável e econômico da região amazônica, integrando tecnologias avançadas e promovendo práticas de mercado mais justas e eficientes.
BI da Floresta
O BI da Floresta atua através da criação de cenários detalhados para a indústria, especialmente em relação à previsão de oferta e demanda de ingredientes florestais.
Utilizando a avançada lógica do digital twin ou gêmeos digitais, ela simula diferentes situações e cenários futuros, proporcionando às empresas uma visão estratégica e informada sobre a disponibilidade de produtos.
Bioconex
O Bioconex é mais do que um simples marketplace, ele atua como um hub estratégico que facilita a conexão direta entre pequenos produtores e cooperativas da Amazônia com grandes indústrias interessadas em adquirir grandes volumes de ingredientes.
Além de promover transações eficientes, o Bioconex integra tecnologias avançadas e startups locais para garantir a eficácia das compras e a sustentabilidade dos produtos florestais.
Vem de Onde
A plataforma de rastreabilidade da Plataforma Digital da Floresta, disponível em Vem de Onde, identifica a origem e o percurso de ingredientes florestais até a indústria.
Ela oferece uma solução completa para organizações interessadas em garantir a autenticidade e a sustentabilidade dos insumos provenientes da Amazônia, utilizando tecnologias avançadas para assegurar que cada etapa do processo produtivo seja documentada de forma transparente e verificada.
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