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O conhecimento ancestral da Amazônia, fruto da interação milenar entre comunidades indígenas, tradicionais e o bioma, envolve práticas sustentáveis ​​de manejo e preservação de recursos naturais.

Esse saber abrange desde cultivo e medicina até gestão ambiental e manutenção da biodiversidade, garantindo o equilíbrio ecológico da região.

A inovação tecnológica potencializa esse conhecimento, integrando ferramentas de análise de dados, biotecnologia e mapeamento, tornando as práticas tradicionais mais ágeis e escaláveis.

Com isso, é possível criar negócios sustentáveis ​​que atendam às demandas ambientais e econômicas, promovendo o desenvolvimento local e a preservação.

Neste artigo, conheça práticas ancestrais de manejo sustentável da floresta e saiba como as tecnologias podem integrar e ampliar o valor desses conhecimentos. Confira!

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Conhecimento ancestral: uma base para a bioeconomia 

As comunidades tradicionais da Amazônia possuem um vasto conhecimento ancestral sobre práticas de manejo sustentável da floresta, como os sistemas agroflorestais, que integram culturas agrícolas com a vegetação nativa, promovendo a diversidade e a preservação do solo. 

O uso de plantas medicinais, transmitido de geração em geração, é outra forma de aproveitamento sustentável dos recursos naturais.

Além disso, essas comunidades possuem um profundo entendimento da biodiversidade, identificando e conservando espécies importantes para o equilíbrio ecológico.

O papel dessas comunidades é necessário para manter a conservação da Amazônia, pois elas praticam um manejo que respeita os ciclos naturais e preserva a rica biodiversidade da região.

Os direitos dessas comunidades devem ser respeitados, conforme previsto no Protocolo de Nagóia, que regula a repartição justa dos benefícios oriundos do uso dos recursos genéticos, garantindo que as comunidades sejam designadas e compensadas pelo seu conhecimento ancestral e seu conteúdo.

O respeito aos saberes tradicionais como negócio 

O respeito aos saberes tradicionais como negócio valoriza o conhecimento ancestral, integrando-o ao mercado de forma sustentável e justa. Iniciativas como a Tuoamisse exemplificam como esse modelo pode gerar impacto social positivo.

A startup promove o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para comunidades indígenas e rurais da Amazônia, comercializando produtos como vinagres de cacau, azeites de castanha e óleo de tucumã.

Esses produtos são cultivados e produzidos em parceria com cooperativas locais, utilizando práticas artesanais.

Além do impacto econômico, a Tuoamisse investe no desenvolvimento social, oferecendo cursos de profissionalização e implementando projetos de infraestrutura nas comunidades. 

“Procuramos resgatar as medicinas e práticas ancestrais da floresta, promovendo a autossuficiência para as comunidades e gerando riqueza a partir dos recursos locais”, explica Henrique Schmeil, diretor da Tuoamisse.

Outro exemplo de startup de impacto é a Da Tribu, um empreendimento de moda sustentável da Amazônia, de Belém do Pará, que utiliza borracha natural como o látex, para criar joias e biomateriais.

Em parceria com comunidades extrativistas, especialmente seringueiros, a marca transforma borracha em produtos inovadores, ajudando a preservar a floresta.

Integrando design, moda e saberes ancestrais, a Da Tribu contribui para a geração de renda local e a preservação das seringueiras.

“Estamos construindo um novo ciclo da borracha, antes associado ao setor automobilístico, unindo tecnologia social, saberes ancestrais, design e moda. É uma forma de olhar para um futuro mais justo, sustentável e inovador”, afirma Tainah Fagundes, sócia-criativa da Da Tribu.

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A inovação como catalisadora de negócios da bioeconomia 

Tecnologias como inteligência artificial, blockchain e biotecnologia podem potencializar o conhecimento ancestral ao digitalizar práticas tradicionais, garantir a rastreabilidade de produtos e proteger direitos por meio de contratos inteligentes.

Essas inovações ampliam o alcance e agregam valor econômico e cultural às comunidades. A BioSpin, por exemplo, é uma startup que agrega valor ao conhecimento ancestral. 

A empresa combina tecnologia avançada com bioativos da Amazônia para criar materiais com propriedades curativas, inspirada no uso desses recursos ancestrais.

Originada de pesquisas científicas, foca em soluções inovadoras que respeitam e valorizam o bioma brasileiro.

“Nosso produto utiliza bioativos da floresta – conhecido na sabedoria ancestral pelo poder de cura – para criar soluções avançadas. Com a junção do conhecimento científico e tradicional, desenvolvemos materiais que atendem demandas globais”, explica Andrey Marcos, cofundador. 

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