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Diante das novas emergências globais, a inovação é uma das chaves para chegarmos a uma solução. A bioeconomia está intimamente ligada a isso, unindo o desenvolvimento econômico à sustentabilidade e responsabilidade socioambiental a partir de processos e modelos de negócio inovadores.

Nesse sentido, a inovação aberta é uma abordagem que se mostra fundamental neste cenário. Baseada na descentralização e na colaboração entre diferentes agentes do mercado, ela pode ser a resposta para o desenvolvimento de soluções que atendam, de fato, às demandas da sociedade e do mercado de maneira mais adequada e em menos tempo.

A seguir, vamos entender melhor o que é inovação aberta e como ela pode beneficiar as empresas. Acompanhe!

O que é inovação aberta?

Inovação aberta é uma forma de gestão que se baseia na troca de conhecimentos internos de uma empresa com o de stakeholders externos (outras organizações e empresas, centros de pesquisa, universidades, pessoas etc.) para promover um processo inovador mais rápido e que vá além do que ela conseguiria por conta própria.

Trata-se de um processo mais colaborativo. Ou seja, em vez de a empresa se concentrar em pesquisa e em desenvolvimento de forma intensa, ela lança mão da colaboração, descentralizando a criação de novas soluções.

Dessa parceria podem surgir novos produtos, serviços ou modelos de negócio. A ideia é acelerar transformações internas na empresa e possibilitar que as soluções cheguem ao ecossistema mais rapidamente.

A inovação aberta ocorre em casos como:

  • Uma empresa incorpora uma tecnologia desenvolvida por terceiros em um projeto. Isso pode se dar com o objetivo de reduzir custos ou de contar com conhecimentos que ela mesma não possui, por exemplo;
  • Uma organização disponibiliza uma tecnologia ou projeto para que parceiros externos possam desenvolvê-los;
  • Spin-off, ou seja, quando surgem oportunidades de desenvolver projetos que não estão atrelados ao core business da empresa e torna-se mais vantajoso criar um outro negócio que tenha essa iniciativa como foco.

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Quais as vantagens desse modelo?

Como vimos, a colaboração e descentralização que caracterizam a inovação aberta podem ajudar a melhorar o desenvolvimento de novas soluções e modelos de negócio. Isso pode trazer alguns benefícios como:

Redução do tempo entre desenvolvimento e comercialização do produto

Com o aumento da concorrência e ciclos de venda mais curtos, o time-to-market se torna uma aspecto imprescindível para a competitividade das empresas. A partir da inovação aberta, um negócio consegue dividir responsabilidades e tarefas com parceiros externos, reduzindo o tempo de desenvolvimento da solução.

A colaboração também faz com que a empresa tenha um tempo de resposta mais curto às mudanças e exigência do mercado. Com isso, ela consegue se adaptar melhor às novas tecnologias e manter-se à frente (ou ao menos no mesmo ritmo) da concorrência.

Diminuição dos riscos de rejeição do produto no mercado

O market fit é outro ponto beneficiado pela inovação aberta. Isso porque, ao envolver outros stakeholders no processo, há um maior esforço para a validação das ideias junto ao mercado, reduzindo as incertezas e garantindo que a solução ofertada tenha demanda.

Otimização de recursos

A alta competitividade do mercado também faz com que as empresas tenham que batalhar por preços mais baixos. Para manter a operação sustentável, é fundamental otimizar recursos (financeiros, humanos, tecnológicos etc.) e reduzir custos.

Por meio da inovação aberta, é possível fazer isso desde o início do planejamento até o lançamento da solução, principalmente nas etapas de pesquisa e desenvolvimento. Novamente, é a colaboração com outros players que proporciona esses ganhos.

Oportunidade de criar novos mercados

A colaboração com agentes externos, que trazem uma visão diferente à da empresa, faz com que o desenvolvimento de uma nova solução seja realizado sob uma perspectiva mais abrangente do mercado.

Isso possibilita aumentar o leque de oportunidades de inovação, o que, por sua vez, pode abrir portas para novos nichos de mercado ainda inexplorados pelo negócio – ou spin-off, como vimos.

Como aplicar inovação aberta?

A inovação aberta é uma abordagem que vem para atender às novas demandas do mercado. Como comentamos, ela permite às empresas oferecer soluções melhores, com menos custos e de forma mais ágil.

No entanto, a adoção da inovação aberta não pode acontecer sem uma estratégia bem definida e uma mudança na cultura organizacional, que deve valorizar e promover a inovação e a colaboração, seja por meio de novos processos e rotinas, seja com a adoção de novas ferramentas.

Além disso, a empresa deve responder:

  • O que ela pretende com a inovação aberta?
  • Quais metas/objetivos ela ajudará a alcançar?
  • Como se dará esse processo: de dentro para fora ou de fora para dentro?
  • O que fazer com as oportunidades que surgirem?

Com essas respostas em mãos, é preciso buscar relacionamentos que façam sentido para a empresa e para o que ela desenvolve. Isso inclui universidades, centros de pesquisa, outras empresas, startups e hubs de inovação. Esses contatos podem ser feitos por meio da participação em eventos ou em programas de desenvolvimento.

Qual a relação entre inovação aberta e bioeconomia?

O conceito de inovação aberta encaixa-se perfeitamente nas demandas dos empreendimentos de bioeconomia. Essa colaboração é fundamental para desenvolver produtos baseados em uma necessidade de mercado, otimizando os recursos e encontrando novas oportunidades de negócio.

Além disso, é isso que permite otimizar toda a cadeia, tirando as ideias inovadoras do papel, envolvendo as comunidades e saberes regionais e fazendo a conexão com o mercado para garantir a demanda pelas soluções criadas.

A Jornada Amazônia possui programas voltados para o fomento da inovação nas cadeias da bioeconomia. Conheça a proposta da iniciativa para gerar valor na região e inovar a partir da floresta em pé!