A conservação das florestas tropicais está no centro das discussões acerca da bioeconomia. Esses biomas são essenciais não apenas para a manutenção da biodiversidade no planeta, mas na mitigação das mudanças climáticas, seja a partir da regulação térmica, seja a partir do sequestro de carbono.
Sua importância é tamanha que, recentemente, o Brasil firmou um acordo com Congo e Indonésia, em uma aliança para proteger as florestas tropicais. Os três países são os que concentram a maior área tropical do mundo.
Garantir a competitividade da floresta em pé é um passo central para preservá-las e restaurá-las. Mais do que reduzir o ritmo de degradação atual, é preciso buscar novas formas de explorar os recursos que a floresta tem a oferecer.
O objetivo é valorizar a mata preservada e criar cadeias de bioeconomia que saibam potencializar sua diversidade e agregar valor ao bioma, às comunidades e aos povos originários.
A competitividade da floresta em pé para a economia brasileira
O bioma amazônico é um dos mais diversos do planeta. A questão é que, assim como o Cerrado e demais ecossistemas brasileiros, ele vem sofrendo com a exploração desenfreada dos seus recursos.
Segundo estudos, no ritmo atual, a Amazônia pode chegar, ainda em 2029, ao ponto de não retorno. Essa tendência, em grande parte, resulta do desmatamento proporcionado pela atividade agropecuária.
E embora os dados do Imazon mostram uma redução de 60% na degradação da floresta no primeiro semestre de 2023 (a menor área desmatada desde 2018), a região atravessa a pior seca da sua História.
Dados como esses mostram que os usos que desmatam a floresta não só agravam a crise climática e prejudicam as populações locais, como, por consequência, não oferecem benefícios econômicos para o país.
Manter a floresta em pé pode beneficiar o Brasil, trazendo na esteira desse ganho uma série de outras vantagens para o meio ambiente e as comunidades diretamente afetadas. Para isso, mecanismos de estímulo à bioeconomia são essenciais para que se possa explorar a capacidade amazônica em todo seu potencial.
Zerar o desmatamento ilegal na Amazônia poderia agregar até US$ 100 bilhões anuais ao PIB brasileiro. Em contraposição, segundo dados do Banco Mundial, a devastação da Amazônia custaria R$ 920 bilhões ao País até 2050.
Em face dessas informações e com foco em metas climáticas globais, investir em negócios que aliem desenvolvimento econômico à floresta em pé já não são apenas uma aposta, mas a certeza de retornos – econômicos, sociais e ambientais em futuro próximo.
Como vimos, porém, para garantir a competitividade da floresta em pé, é preciso fomentar o desenvolvimento de negócios de impacto. Isto é, empreendimentos cuja atividade central volta-se para a solução de um problema social e/ou ambiental específico, gerando ganhos para o meio ambiente e sociedade.
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Como fomentar negócios da bioeconomia na Amazônia
O desenvolvimento de novos negócios de impacto que ajudem a potencializar a competitividade da floresta em pé depende, em grande parte, da inovação. Não basta a esses empreendimentos serem “verdes”, eles devem trazer algum nível de disrupção para enfrentar os desafios únicos do contexto amazônico.
É importante o fortalecimento do ecossistema de inovação na região. Eles são fundamentais para criar uma conexão entre os diferentes atores. Afinal, sozinhos, os empreendimentos de impacto não conseguirão trazer as respostas e soluções necessárias para as questões mais latentes, sobretudo aquelas relacionadas à sociobiodiversidade e a valorização da floresta em pé.
Nesse sentido, os programas de aceleração são uma excelente oportunidade para os empreendedores que buscam alavancar negócios da bioeconomia na Amazônia.
Neles, eles encontram todo o apoio necessário para capacitar-se, aprimorar seus projetos e ganhar tração, além de garantir suas primeiras conexões com o mercado e transformar boas ideias em negócios rentáveis.
A Amazônia é um dos ecossistemas de inovação mais desenvolvidos do Brasil. É importante que as startups busquem programas que ofereçam mentorias com especialistas em diferentes áreas de negócios, bem como esse networking tão importante para o negócio deslanchar.
Como o Sinergia ajuda a desenvolver negócios de impacto na região Amazônia
O Sinergia é um dos programas que compõem a Jornada Amazônia. Ele é estruturado de forma a auxiliar negócios inovadores que possam contribuir para a bioeconômica amazônica e para gerar competitividade para a floresta em pé.
O programa oferece suporte personalizado às empresas selecionadas para fortalecer o negócio e criar conexões de valor para que ele possa crescer e se consolidar. Também são realizadas mentorias especializados para atacar as principais dores de cada empresa.
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