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A bioeconomia é um modelo de produção que se baseia na biodiversidade e nos recursos naturais, empregando novas tecnologias para criar um ambiente sustentável e gerar novos produtos, processos e serviços. O objetivo é promover o impacto positivo para as florestas e comunidades associadas, incentivando a utilização responsável dos recursos naturais.

O termo bioeconomia ganhou força a partir da primeira década deste século, quando passou a ser utilizado pela União Europeia e pela OCDE como parte dos seus esforços para promover um sistema produtivo mais sustentável e pautado na biotecnologia.

Desde então, o conceito de bioeconomia está no centro dos debates globais acerca da mitigação das mudanças climáticas, orientando a uma mudança de paradigma.

E não se trata apenas de mudanças que possam ser consideradas mais óbvias, como a substituição de combustíveis fósseis por alternativas renováveis, como os biocombustíveis. A bioeconomia também envolve desde soluções para a indústria farmacêutica até novas formas de produção de alimentos, cosméticos e de geração de energia.

E, neste contexto, o Brasil tem importância fundamental. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Brasil possui entre 15% e 20% da diversidade biológica mundial. Além disso, o País tem as maiores reservas de água doce do mundo.

No entanto, para que esse diferencial se converta em ganhos significativos para a bioeconomia é preciso de iniciativas que valorizem os recursos e explorem o potencial biotecnológico do país.

O empreendedorismo inovador pode ser a solução para gerar valor econômico a partir da preservação da floresta em pé. Pensando nisso, a Jornada Amazônia promove programas e projetos que incentivam desde a cultura empreendedora, estimulando a ideação de negócios, até a criação de startups e o seu desenvolvimento, com o objetivo de contribuir para uma economia sustentável na região amazônica. Saiba como funciona!

Quais são os benefícios da bioeconomia?

O ganho mais claro da bioeconomia é justamente desacelerar os efeitos extremos das mudanças climáticas, já sentidos com maior frequência de eventos, como seca, ondas de calor e chuvas intensas. Mas é fato que, migrar para um modelo de produção mais sustentável também gera muitas oportunidades de inovação e empreendedorismo.

Há muito potencial no país para desenvolver negócios que tenham como objetivo conservar biomas, proteger áreas de reserva e buscar alternativas sustentáveis para a produção de alimentos e de energia, que levem em conta a inovação.

A mudança de paradigma de produção, consumo e extração promovidos pela bioeconomia podem gerar benefícios como:

Gestão sustentável dos recursos naturais

O desafio não é somente buscar alternativas mais sustentáveis de uso de recursos, mas também colaborar para sua restauração. Nesse contexto, a tecnologia tem um papel fundamental, uma vez que é por meio da inovação de soluções biotecnológicas que será possível gerar modelos mais eficientes e de menor impacto ambiental. 

A bioeconomia surge, portanto, como uma alternativa promissora para conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

Consolidação da economia de baixo carbono

A COP-27, que aconteceu no Egito, no final de 2022, tratou, entre outras pautas, de um pacto global em busca da neutralidade de emissões de carbono até 2050. E a bioeconomia é ponto central para alcançar esse objetivo.

Reduzir as emissões passa, em grande parte, por encontrar novas fontes de combustíveis e por frear o desmatamento de biomas. As propostas da bioeconomia estão alinhadas a essa busca de novas matrizes energéticas, como é possível perceber no estímulo à economia do hidrogênio verde ou o anúncio do pacto de cooperação para a preservação de florestas entre Brasil, Indonésia e Congo.

Desenvolvimento de tecnologias sustentáveis

O fomento a tecnologias sustentáveis é um dos impactos mais importantes da bioeconomia. O objetivo de alcançar um modo de produção mais verde estimula a criação de novas iniciativas e empreendimentos.

Do uso mais eficaz de recursos como a água à inovação no uso de insumos amazônicos, as biotecnologias são chave para a mudança necessária..

Geração de empregos verdes

A transição para uma economia sustentável também é um importante catalisador para o crescimento econômico e para a geração de empregos.

Nesse sentido, os empregos verdes são os postos de trabalho gerados em atividade que ajudem a preservar ou restaurar o meio ambiente. Diante de uma demanda por novas tecnologias sustentáveis para gerir melhor os recursos naturais e frear as emissões de carbono, os países só têm a ganhar com a transição para uma economia verde.

Como impulsionar negócios de bioeconomia?

O desenvolvimento da bioeconomia não pode depender de ações isoladas. É necessário engajamento de empresas e dos governos em todas as esferas, inclusive em cooperações internacionais.

Da atualização da legislação a políticas de fomento a iniciativas que promovam soluções sustentáveis, o caminho para uma economia verde exige investimentos em pesquisa, inovação e capacitação. 

Nesse sentido, algumas medidas começaram a ser tomadas. Desde 2019, por exemplo, o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa) executa um programa voltado à bioeconomia. O objetivo é integrar pequenos agricultores e comunidades tradicionais às cadeias produtivas sustentáveis.

O Ministério de Relações Exteriores (MRE) também tem adotado iniciativas importantes, liderando, nos últimos anos, uma plataforma com foco nas fontes de bioenergia.

O impulso à bioeconomia depende também de pessoas e entidades preparadas para desenvolver tecnologias, soluções e também promover a conexão desse conhecimento.

Para isso, é necessário um esforço de coordenação política, que crie políticas públicas voltadas para a bioeconomia, envolvendo os setores econômicos e atraindo o interesse privado.

Parte dessa atração, diga-se, abrange a melhoria dos mercados relacionados à bioeconomia e o estímulo à competitividade. E isso só é possível por meio da promoção de conhecimento, munindo pessoas, empresas e instituições com o necessário para se tornarem mais sustentáveis.

Fornecer assistência técnica – juntamente com a promoção de inovações tecnológicas – é fundamental para o desenvolvimento de novos negócios, principalmente com a participação das comunidades locais.

No entanto, todos esses esforços não podem perder um horizonte fundamental à bioeconomia: promover o desenvolvimento – sobretudo da região amazônica – de mãos dadas com a conservação dos biomas. Em outras palavras, estimular a novos negócios sustentáveis não deve ter como base apenas o potencial econômico, mas também considerar todos os seus impactos econômicos, ambientais e sociais.

E não se trata de reinventar a roda. A Amazônia, por exemplo, é repleta de exemplos bem-sucedidos de empreendimentos que sabem explorar os recursos únicos da floresta, enquanto promovem sua preservação. 

O manejo comunitário do pirarucu (um dos maiores peixes de água doce do mundo) é um dos maiores exemplos. Por meio de ações sustentáveis, a iniciativa salvou a espécie da extinção e, ao mesmo tempo, promoveu renda e sustento para as comunidades locais.

Isso só mostra como estimular a organização social por meio da inovação pode trazer frutos para o Brasil e para todo o planeta.

A Jornada Amazônia é uma plataforma de inovação em negócios de bioeconomia com foco na capacitação de talentos e criação de startups que apoiem a manutenção da floresta em pé. Além disso, quer conectar e dinamizar os ecossistemas de inovação da região amazônica, gerando valor econômico para a floresta, por meio do empreendedorismo inovador sustentável. Acesse e conheça a iniciativa!